Catedral São João Batista > A Igreja |
Em 1880, iniciou a construção da Praça Cesário Alvim, que antes de ser construída era denominada como “Largo da Barreira”. Com o crescimento populacional da cidade, os fiéis sentiram a necessidade de uma igreja maior, foi então que a comunidade com a ajuda do Monsenhor Aristides da Rocha iniciou a construção da Catedral de São João Batista que foi inaugurada em 1930. O Largo da Barreira ou “jardim das palmeiras” recebeu o nome de Praça Cesário Alvim em homenagem ao Presidente de Minas Gerais, criador do município de Caratinga em (06 de fevereiro de 1890), Dr. José Cesário de Faria Alvim.
Na casa de Emanuel era costume a reza do terço, com direito de abrir boca na hora de rezar. Era só começar a rezar que os irmãos começavam a abrir boca. Sua mãe rezava muito e desejava muito um filho padre. Quando ainda criança, com a idade de cinco para seis anos, sua família mudou-se para Governador Valadares. Em Valadares a vida não foi fácil. O pai, com muito trabalho, sustentava a numerosa família puxando toras da fazenda de seu irmão. Emanuel mesmo vendia jiló do quintal para ajudar nas despesas de casa. As coisas começaram a melhorar quando seu pai vendeu o caminhão e colocou uma padaria. Mais uma vez a família se unia para ajudar. Na padaria, por muitas vezes, Emanuel chegou a entregar pão naquelas bicicletas de carga com uma cestona na frente. Inclusive em suas férias como seminarista. Com a graça de Deus, os negócios prosperaram. A padaria chegou a ter 25 Kombis, distribuindo pão para cem cidades ao redor de Valadares e uma Scania para transportar trigo.
A vocação apareceu desde cedo. Ainda criança, brincava de celebrar missa. Aos 11 anos resolveu ir para o seminário. Chamou um amigo e vizinho, Júlio César Nogueira Barbosa da Gama, e foram conversar com Dom Hermínio Malzone Hugo (na época, bispo de Valadares). Chegaram diante de D. Hermínio e manifestaram o desejo de ser padre. Dom Hermínio, após ouvir atentamente o pedido, sabiamente ponderou: “Então busquem a mãe de vocês para conversarmos, porque vocês são muito pequenos”.
Assim, em 1960, Emanuel ingressa no seminário em Valadares, que ficava na casa do bispo. No outro ano, ficou externo, isto é, voltou para sua casa, continuando a estudar no Ginásio Ibituruna. Em 63, abriu-se o seminário em Valadares, lugar que hoje se chama CENTREL (Centro de Treinamento de Líderes). Com 16 anos, foi para o Seminário Menor de Mariana, de 1963 a 1965. Lá fez o quarto, quinto e sexto ano. O curso era uma espécie de curso clássico e chamava-se “Humanidades”. No Seminário Maior, também em Mariana, fez a Filosofia, de 66 a 68. Em 69, começou a Teologia e, no segundo semestre, conseguiu uma bolsa através de um amigo, Monsenhor Eustáquio, e foi estudar em Roma, onde ficou por seis anos. Lá fez Teologia, na Universidade Gregoriana, e Mestrado em Exegese Bíblica, no Instituto Bíblico. Terminou seus estudos em novembro de 1975. Voltou para o Brasil e, em 4 de fevereiro de 1976, foi ordenado na igreja de Lourdes, em Valadares.
Depois de ordenado, Pe. Emanuel foi designado como vigário paroquial da Ilha dos Araújos, assessorando o pároco, padre Henrique, um holandês, 40 anos mais velho do que ele. Nessa época também começou a lecionar Bíblia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário, em Caratinga. Depois de seis anos, em 1981, com a morte de padre Henrique, ficou como pároco daquela mesma paróquia. Exerceu essa função por 17 anos.
Então, num sábado, pela manhã, é chamado à cúria por Dom José Heleno (então bispo de Governador Valadares e irmão de Dom Hélio) e recebe a notícia de que fora indicado para ser bispo. Pe. Emanuel fica transtornado com a informação e procura seus diretores espirituais para se orientar. Eram eles: Pe. Pedro, de Governador Valadares; e Pe. Levy, de Caratinga. Seus diretores espirituais o animaram a aceitar. Assim, quando o Núncio Apostólico telefonou para convidá-lo a ser bispo de Guanhães, Pe. Emanuel aceitou. Sua sagração episcopal ocorreu em 19 de abril de 1998, num estádio de Valadares, com a presença de cerca de 25 mil pessoas. Sua posse em Guanhães foi em 17 de maio do mesmo ano. Foi bispo dessa diocese por 13 anos.
Foi então que, em 26 de janeiro de 2011, recebeu uma ligação do Núncio dando-lhe a notícia de que o Santo Padre, Bento XVI, queria que fosse o novo bispo de Caratinga. Dom Emanuel aceitou esta nova missão. A diocese preparou um tríduo para todas as comunidades preparando a sua chegada. Tomou posse em nossa diocese no dia 20 de maio deste mesmo ano.
O escudo está apresentado por apenas um campo chapado em vermelho, cor que representa a obrigação que aquele que a usa, em suas armas, tem em defender e socorrer os injustamente oprimidos.
No centro do escudo, em prata, estão a ovelha e o cajado do pastor. Na cor prata estão simbolizadas a esperança e a luz que o novo bispo busca em Cristo, ao mesmo tempo, cordeiro e pastor, para sustentar o seu lema: “A SERVIÇO DA MISERICÓRDIA”.
A ovelha, devido à sua candura e tolerância, é símbolo de mansidão e pureza de coração, qualidades que devem ser aprofundadas por aqueles que desejam estar a serviço da Misericórdia, a exemplo de Cristo, que num gesto de amor misericordioso, acolhe a missão que o Pai lhe confiou. Representa, também, os fiéis que serão acolhidos no serviço misericordioso do Bispo, Pastor da Igreja Particular.
O cajado, símbolo do Pastor, é imagem do Cristo BOM PASTOR, figura paternal vigilante e protetora que congrega, sem distinção, todas as ovelhas e defende principalmente os injustamente oprimidos.
Nos símbolos da ovelha e do cajado está a imagem do Cristo, AQUELE que soube verdadeiramente servir e ser misericordioso e é o fundamento do desejo de dom Emanuel Messias estar “A SERVIÇO DA MISERICÓRDIA”.
Na parte de trás do escudo, a cruz em ouro, cor que significa amor e autoridade.
Encimando o escudo, o chapéu prelatício verde com três borlas de cada lado.
São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do templo de Jerusalém chamado Zacarias. Sua mãe foi Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus. São oão Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno. Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.
São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.
A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.
Nesse mesmo tempo, o anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Esta saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.
Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão.
Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou e São João Batista batizou Jesus. Assim Jesus começou sua vida pública.
Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, Rei fantoche de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.
São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)
São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.
São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós esta quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciaste com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém.